18 de setembro de 2011


E eu vi em minha frente aquele a quem entreguei tanto amor e não pude fazer nada. Não pude abraçar, não pude beijar e fiquei na fração dos segundos de suas mãos tremendo em minha frente. Eu me senti a beira do paraíso sem poder desfrutar de tudo que eu quero sempre. Eu nunca tive medo de perder alguém como tive dessa vez, nunca me senti tão frágil como naquele momento, nunca precisei tanto de uma pessoa como durante aqueles três minutos. Eu correria todos os riscos pra ter aquele sorriso outra vez, o portador dele na minha frente e a motivação faltava. Eu tinha as lágrimas mais doloridas da minha vida e nunca compartilhei de uma dor tão intensa. Eu falava “eu te amo” e aquilo não me parecia o suficiente para expressar o que eu sentia, o quanto eu o amava e o queria bem, o tamanho do medo que me invadia os sentimentos naquele momento, aquele medo de perder o que me era tão precioso. Parece que eu perdi o juízo, troquei a razão pela aventura de uma emoção, mais quem domina os sentimentos e o querer? Eu sinto falta do cheiro do cigarro dele, do beijo do canto de boca e das mãos carrancudas e grandes. É como se ninguém mais no mundo fosse capaz de me fazer tão feliz quando aquilo que me coloca no limite do proibido. Eu não quero perdê-lo, eu quero existir todo tempo que eu puder, mais que eu exista nos passos da vida dele, compartilhando do sorriso e do cheiro, a vida eu tenho pra oferecer. Eu acho que é mais do que amor...