15 de janeiro de 2013

Despedida sem despedir, GUI !!



Procurei uma forma, antes que tardia, de poder te falar, já que inúmeras coisas me impedem de faze-lo ante teus olhos, a minha dor em ter que partir. 
Partir daqui é ter que deixar para trás, além de uma vida, uma história, mesmo que curta, de cumplicidade e alegria que compartilhei com você. Um segredo gostoso e a emoção de ter vivido a intensidade de nossos segredos.
Garoto, foste responsável por uma das maiores felicidades que já pude compartilhar, desse-me desejos inigualáveis e felicidade desmedida, foste meu segredo bem guardado, meu tesouro momentâneo, minha loucura perdoada, meu espasmo de gozo, minha caixa de pandora, meu demônio e meu anjo. Sorrir teu sorriso foi um prazer que carregarei comigo toda vez que a saudade doer, como agora. 
Uma vez te disse que era amor, você falou que não poderia. E porque não? Te amei no intervalo do nosso tempo, nos nossos momentos de gozo e segredo, era amor nas nossas horas de felicidade intensa e de encaixe perfeito. Foi amor "só por hoje" como foi dito em uma noite que estávamos embriagados, não sei se pelo álcool ou se por nós mesmos, foi amor como na canção que tocou na segunda noite que pude olhar em teus olhos "amor de dentro para fora, amor que eu desconheço". Foi nossa forma de amar, baby, e porque não poderia? Posso dizer que amei você, ali, naqueles momentos de explosão e de felicidade desmedida.
Eu não me despeço, eu coloco uma âncora, ante pesada porém necessária, em nossa aventura, mas reafirmo o voto, onde estiver seja com quem estiver as lembranças existiram e ainda vamos nos encontrar, assim será. Fomos um sendo dois, sorrimos juntos mesmo separados e suspiramos nosso segredo mesmo na presença de outro amor, fomos felizes, não?
Me despeço de tua alma, do teu coração, me despeço em palavras, mas e teu corpo? Queria poder despedir do teu corpo, baby...

saudade....




7 de dezembro de 2012

a mais um 08 de dezembro.


E vai chegando essa data de idade nova e minha consciência vai fazendo uma análise do rumo que minha vida tomou durante esse ano, e como não podia ser diferente recorro à escrita para poder organizar essas ideias.

Posso afirmar que esse foi o ano do divisor de águas da minha vida. Dias de decisão, dores, escolhas e consequências, foi o ano que escolhi para cuidar de mim e olhar única e exclusivamente para mim, o que implicou em dizer que consequentemente fiz algumas pessoas sofrerem. Resumia meu mundo a satisfazer a vontade dos outros, a submissão dos meus desejos em pró das vontades e felicidade de duas pessoas que sempre foram prioridades para mim, mas tinha esquecido (ou nunca aprendi na verdade) durante todo esse tempo de que nós só podemos fazer outra(s) pessoa(s) feliz a partir do momento que estamos felizes e realizadas, não era esse sentimento que me dominava, eu era impulsionada pelo sentimento de culpa e obrigação, do quê eu nunca soube explicar...

Larguei tudo e decidi enfrentar a vida, a procura de uma felicidade que ainda me parece utópica, fui a busca de uma liberdade que eu ainda não senti totalmente e tenho tentado encontrar um paz que não conhecia, a paz interior. Entrei em crises existenciais que pareciam eternas, senti a dor do abandono em carne viva, pulsando dentro de mim e mostrando que o processo de conquista e aceitação é complicado e difícil, a dor faz parte do amadurecimento. Fui julgada, condenada, massacrada, pisada e tachada como inconsequente e ruim o que aumentava a dor do meu íntimo e a dúvida: qual caminho eu tomei?

Tive que causar dor ao ser que eu mais tentei proteger da dor, levei sofrimento para a pessoa que eu mais amo, aquela a quem dedico minha vida, a quem por muitas vezes apaguei minhas vontades para poder realizar as suas, o maior motivo de minha garra e meu maior exemplo, minha mãe! Precisei colocá-la diante da dor de ver as malas prontas para poder ir em busca de um cuidado pessoal que até em tão eu não conhecia, sei que ela até hoje não entendeu, mas aceitou e me apoiou e sou grata a ela por isso.

E na hora que pensei que nada mais me pudesse acontecer cai de pára-quedas na vida de 12 serzinhos lindos e carinhosos, onde eu pude ver novamente a inocência e a esperança da forma mais pura e verdadeira que poderia, eles me trouxeram uma esperança desmedida e assombrosa, a experiência mais emocionante que pude viver até hoje. Recebi a confiança de duas pessoas que acredito terem sido anjos enviados para minha vida, como forma de mostrar que nada tava perdido e que se eu quisesse eu era capaz, eu quis, eu fiz e espero que tenha superado as expectativas, eu sei que dei meu melhor.

Em linhas gerais posso resumir esse ano à força, garra e determinação. Eu quis, eu me joguei, eu tentei e, em parte, consegui. O caminho que eu tanto queria fazer, o cuidado especial que eu queria poder ter por mim, o amor próprio que eu tanto procurava tem aparecido, tem acontecido e tenho vivido, entre trancos e barrancos tenho me superado e mostrado a mim mesma que posso e que eu sou capaz de muito mais. Quando eu penso que minha cota esgotou consigo me levantar e fazer de novo por onde valer a pena, pra poder por fim dizer a mim mesma que eu tentei e que se não deu certo é porque não era para mim.
E que eu possa contar com todos que contei até agora, que posso ser abraçada pelo amor sincero, que eu continue a dar o meu melhor em tudo e que eu possa sorrir meio as lágrimas, tenho mais um ano pela frente para poder tentar fazer diferente novamente, não posso e não vou desistir agora.

Parabéns para mim!

11 de novembro de 2012

A doença chamada solidão


Sofro de solidão. Do vazio da existência e da falta de motivo de viver. Sofro pela ausência de amor correspondido e história compartilhada, sofro pela falta de compreensão. Dói as ações que são interpretadas erradas, o vazio da noite comprida, fria e solitária, machuca a lacuna que tem na vida diante das possibilidades de um SE... Ninguém entende sorriso mascarado, felicidade fingida, solução não solucionada, é tudo teatro, uma tentativa de mostrar alto controle e o que de verdade tem lá dentro é um alguém medroso, inseguro e infantil, que precisa de colo. 

Solidão é pior do que ser esquecida, porque se alguém te esquece é pelo motivo de um dia ter lembrado, a solidão é a ausência até disso. É uma doença que engole cada ação de viver, engole o silêncio e sua tentativa de fazer poesia diante da ausência do som, engole seus olhos, seu sono, sua intenção e vontade do diferente, ela engole as esperanças. Sufoca seu choro no travesseiro, suas lembranças de uma possível felicidade ocorrida no pretérito, devora suas marcas de satisfação e seu estimulo de viver. Daí fica assim, sem vontade de qualquer coisa, sem intenção de nada, sem inspiração pra tudo. 

E a palavra que resume o turbilhão que invade seu íntimo é infelicidade, é procurar exaustivamente coisas, álcool, tempo, um espaço, uma ação que sirva de esconderijo para que se possa esquecer a dor da palavra SÓ, onde seja possível esconder-se da verdade que suas ações transviadas te levaram, que possa deixar o tempo passar pra quando chegar o momento de deitar a cabeça no travesseiro a dor da ausência do outro não enlouqueça o resto de sanidade que ainda se tem.  A dor que fica guardada dentro de algum lugar que não capacita a identificação e vai comendo a gente aos poucos, até escurecer tudo, e quando você se vê já foi...

3 de novembro de 2012

Ao inverso do branco (ao preto)


E me peguei diante da interrogativa do porque de gostar de você, e até agora tento formular uma resposta digna do real motivo. Eu poderia dizer que gosto porque você me faz bem e pronto, mas me trás inspiração, resolvi escrever mais, resolvi expor, talvez apenas pra mim, o que me leva a ainda te esperar, mesmo que em tempos esporádicos, mesmo sem nenhuma expectativa e mesmo diante de alguém tão incógnita como você.
Eu gosto de sorrir com o teu sorriso, olhar teus olhos grandes perto dos meus miúdos enquanto nossa boca se encosta reluzindo o que de mais verdadeiro tem em nós, nossa felicidade diante da presença um do outro. Gosto de ouvir tua voz maneira e sedutora falando palavras como na intenção de me iludir, gosto dos extremos que você consegue me levar ante as novas descobertas que consigo fazer a respeito do universo de coisas que te rondam. Gosta da segurança de tua presença, da sua capacidade de espantar pra longe os fantasmas que me cercam, os problemas que existem e a solidão que me acompanham. Eu gosto de você porque quando estamos juntos eu posso ser o que eu sou, usar o que eu gosto e falar do meu jeito, você usa isso como motivo de alegria, e até me faz rir do que pra mim é sério.
Eu gosto de VOCÊ, do que vem de você, das tuas histórias, das tuas vaidades, da tua força e da tua felicidade de viver. Gosto de guardar tuas lembranças boas, de até chorar de saudade quando sinto bem apertado aquela vontade de te carregar pra minha vida, gosto de suas palavras loucas e tuas ilusões demasiadas, da tua maneira de dizer que sente saudade e de tua atenção destinada as minhas besteiras escritas no mural dos meus desabafos.
Eu gosto da tua forma de sentir prazer, dar prazer, do toque da tua pele e do aconchego dos teus braços, a segurança que teu abraço me dá quando meu corpo fica em cima do teu e até nossa respiração entra em sintonia e me completa em todos os extremos de uma felicidade sem medida, sem comparação.
Eu agradeço a algum anjo, ao destino, ao acaso, a aquele dia de junho e a meu atrevimento, que me levou a te olhar no olhos e de alguma forma te dizer que te queria, você entendeu, veio pra mim e me deu a chance de dizer... GOSTO MUITO DE VOCÊ!

31 de outubro de 2012

À Bruna Nunes, com amor.


Simplesmente desista. Entregue os pontos, deixe pra mais nunca, coloque de lado, esqueça a esperança, perca o trilho e pare de ilusão. O amor, carinho, afeto, atenção ou qualquer nome que possa ser dado não nasceu para ser destinado a todo mundo, alguns apenas nascem para ser o amor e não ter o amor, se assim podemos ser entendidos. Você nunca saberá o que é poder ter alguém a amar e ter o mesmo em troca, alguém pra poder chamar de cúmplice e compartilhar sonho e futuro incerto, você nasceu pra ser sempre a pessoa certa mais no momento errado na vida de quem com você tiver a “sorte” de se envolver. A frase: “você é uma pessoa fantástica, se tivesse aparecido á um tempo atrás teria dado certo...”  foi formulada pensando em você e em ilusões futuras. O que tinha de perdido no caminho foi intencionado a você, deve ter sido por isso que você nasceu com a paciência em dobro. Ser entendida, aceita e afagada, considere-se excluída do time, o discurso de querer afeto e ser levado pelo braço simplesmente não será aceito.
Bruna, esse é o seu destino, aceite, todos os amores vão passar, levando alguma coisa de você, e você? Ficará na mesma solidão e sendo embalada pelas mesmas músicas bregas e cerveja gelada de final de semana, conforme-se e não procure afogar no álcool a lembrança de ninguém , é em vão, surgirão mais para você lembrar, sentir e sofrer, acho que foi pra isso que você nasceu, pra compreender mas nunca ser compreendida. E mesmo que pareça um discurso exagerado só sabe-se o que sente quem compartilha constantemente do sentimento do desprezo e da palavra DEPOIS, isso não vai mudar, pelo menos não pelos próximos 20 anos...
De sua solidão ninguém vai saber, de sua dor ninguém vai compartilhar, quem mandou você querer mostrar que é sempre legal e compreensiva? Acho que a imagem de mulher decidida e forte não colou muito né? Deveria ter caído na mesmice e ter virado namoradinha perfeita, com pranchinha em cabelo e tudo, roupinha da moda e um sorriso no rosto, sempre aceitando paredões abertos e mexendo a bundinha. Será que assim você não seria feliz, baby?  Será que esse tipo de ilusão não teria feito de sua vida mais colorida e completa ao ponto de você não sentir as lágrimas escorrer pelo rosto como fel? Ao estado de você ser assim, sim, intitulada com submissa, mas tendo ao lado alguém que diz te amar e escreve declarações escandalosas no facebook? Alguém que possa mudar o status de solteira sofrida e que possa te passar mensagem escritas AGENTE PODE SER FELIZ, e que mesmo com o português errado te tirar um sorriso do rosto? Alguém que encheria sua vida de dores mais que adoçaria sua boca de doces embaladas por ilusões bregas enquanto você acaba sua vida em balcões que vendem mais ilusões dos que a sua vida está cheia? Quantas vezes você quis escolher, querida, e acabou por fim sozinha porque aquele carinha que parecia compartilhar dos mesmos gostos ecléticos que o seu decidiu dividir sua vida com alguém bem mais comum e menos "doidinha"? Você poderia ser  "comum" não? Quais foram às escolhas que fizestes, baby? Aí está as consequências dela, respire, aguarde e sorria, você está só e assim será por mais tempo do que sua esperança possa existir. A verdade dói, mas ela será sua companheira, e nada mais vai mudar, tenha isso apenas como certeza. Por fim.