Viver é correr o risco de virar repetitiva. Eu agora
completo 23 anos de repetição, experiência, acertos e erros. Às vezes sinto que
mais erros. Entretanto, mal sinto o peso do arrependimento. Eu sinto a vida em
mim em cada milésimo de segundo que passa através dos dias. Sei e sinto que sou
“um bem maior” quando em meu coração prevalece o mais lindo dos sentimentos.
Não
sinto vergonha do que fiz, do que sou e no que me tornei, os passos errôneos geralmente
vieram acompanhados de alguma realização, e eu nunca me deixei na dúvida se o
que eu queria/quis daria certo ou não, eu sempre fui lá e fiz, todo e qualquer consequência
segurei com minhas próprias mãos, paguei também. Quando você descobre que essa
pode ser sua única chance sente o peso do que é não tentar. E eu juro que
sempre e a todo instante eu permaneci tentando. Minhas felicidades e tristezas
devo a mim, não responsabilizo ninguém das minhas decepções. Se me decepcionei
é porque confie, ou de mais ou de mais, isso, em parte, também é minha culpa, o
resto é consequência.
Apenas digo que sou feliz, com intervalos de tédio, ódio,
rancor, egoísmo e tristeza entre as cenas, mas viver vale tanto à pena quando
vejo tudo que provei, que comi, que ouvi, que vivi, que senti. E eu adoro
sentir tudo isso que me rodeia movendo em mim e me impulsionando a ir adiante. Nada
é mais infinito do que aquilo que a gente não pode tocar com os pés, e esse “abismo”
que cai não tem fim, viver a sim, pelo menos pra mim, é o que vale a pena. Eu fiz
minha liberdade e dela desfruto do meu jeito, cada um faz na sua vida aquilo
que gosta. Quero sentir a vida em mim incondicionalmente. Quando chega essa
data faço um balanço de tudo que fiz até agora, juro que valeu a pena, tudo,
tudo, TUDO! Sou a pessoa mais feliz do mundo, do meu jeito e no meu espaço. Parabéns
pra mim.