28 de agosto de 2011

só por um dia


Por que as pessoas não podem ir lá e simplesmente dizer: EU QUERO!

Pode-se esperar um sim e por fim receber um não, é um risco que se corre, mais pelo menos tentou. E a dúvida do E SE? Cansei de ficar no meio do caminho, no EU PODERIA, EU DEVIA, EU GOSTARIA. Preciso de um querer concreto, preciso de desejo ao vivo, do sabor do hálito e da saliva entre os dentes. Sugar a vontade que vem da carne, realizar o que o corpo quer. O pecado da luxúria apenas, não é querer destruir nada de ninguém. Pode ser pecado desejar a outra pele, uma pele que não é sua e que já vem tatuada?

Eu tenho desejos incontroláveis, tenho palavras presas na garganta que me sufocam junto das cenas obscenas que se pensa durante a imagem da foto em 3X4, ou quase. Eu apenas queria tudo aquilo dentro de mim, me levando por caminhos desconhecidos e proporcionados por alguém que não sei de que é feito. Eu queria tocar com a língua até o céu da boca, sentir o calor íntimo do outro ser. Sugar o suor que transpira dos poros e depois abandonar como a um brinquedo usado. É isso, eu queria assim, usar pra mim e depois deixar.

Tudo esvai, o que vale mesmo é aproveitar esse desejo nessa imensidão, caminhariam, ambos, por caminhos desconhecidos pra depois se deixarem ir, voltar para o que o destino proporcionou, o uso seria recíproco, não teria assim nenhum egoísmo.

Não seria fácil se fosse assim? Pode ser sim, é só querer. Segredo é pra quatro paredes e dois corpos, quem pode condenar?

Como diria um poeta: “carrego comigo uma esperança, que me abraça

14 de agosto de 2011

Para o dia dos pais


Eu não tenho pai. Não que ele tenha morrido de “morte morrida” mas morreu na presença, morreu estando vivo, morreu porque não quis (acredito assim) cumprir seu papel de pai. Cresci sem entender direito o que era um, lembro de ouvir na escola, de fazer todas aquelas dançinhas e cartinhas em datas comemorativas, mais nunca entendi direito tão ou qual a importância de um na vida. A figura paterna mais próxima que eu tinha (e tenho, amém!) era da mim mãe, que engrossava a voz para minhas atitudes erradas, que pegava a cinta quando eu não queria comer todo o feijão com charque e ao mesmo tempo fazia as famosas “raposinhas” com feijão e farinha para a hora do almoço se tornar divertida (só Deus sabe como eu gostava de comer aquele feijão com a mão). Minha mãepai que me acalentava diante de meus pesadelos noturnos, que fazia banana assada com canela e açúcar nas noites quentes de inverno, que ia à escola e entrava na sala de aula pra brigar com os moleques que me colocavam apelidos em sala de aula.
Depois de grande foi que vim começar a entender a palavra PAI. Mais sinceramente, não sinto falta de um na minha vida, dona SILVANA conseguiu suprir, em parte, essa lacuna. Não os desmereço, não afirmo que não seja necessário, e acredito que o mesmo tem sua importância na vida daqueles que cresceram na presença de um. Ser PAI é uma das provas de o que é ser HOMEM, SER pai e não ESTAR pai! Só defendo que, para mim, foi uma parte que nem somou nem diminuiu porque não podia sentir falta de uma presença que nunca tive. Só tenho uma pessoa a agradecer, meu PAIMÃE que se desdobra em 4 para defender a sua cria e alimentar seus dois filhotes: SILVANA NUNES! Meu “FELIZ DIA DOS PAIS” vai pra ela.


Ela e eu, o início de tudo (ela deve tá puta da vida vendo essa foto agora!)

13 de agosto de 2011

3 em 1


Guardei amor, carinho, afeto. Mais nem todos os sentimentos são suficientes. A gente não pode prender algo que já foi preso. Amor não se prende, não se rouba, se conquista, e se tem pela eternidade do sentir. O querer nunca foi o bastante, tem que ter a alma e a carne. A ausência dói como punhal cortando as entranhas. Já não é só saudade, as coisas se inverteram, a solidão é o que invade e preenche os dias e noites. Tudo aconteceu tão natural, e quando se foi visto a paixão passou, só ficaram as lembranças, aquelas que magoam além do pensamento. E a dúvida, teria dado certo? Como algo que já começou no erro pode dá certo? E porque começou? A gente acaba querendo mais ao outro do que a si mesmo. Daí se inicia o erro. Será que amar de mais é o suficiente para dá certo? E 15 anos de vida do outro lado da moeda, conta também?
Apenas digo, não sei como, mais não quero mais, e só direi uma vez.