14 de agosto de 2011

Para o dia dos pais


Eu não tenho pai. Não que ele tenha morrido de “morte morrida” mas morreu na presença, morreu estando vivo, morreu porque não quis (acredito assim) cumprir seu papel de pai. Cresci sem entender direito o que era um, lembro de ouvir na escola, de fazer todas aquelas dançinhas e cartinhas em datas comemorativas, mais nunca entendi direito tão ou qual a importância de um na vida. A figura paterna mais próxima que eu tinha (e tenho, amém!) era da mim mãe, que engrossava a voz para minhas atitudes erradas, que pegava a cinta quando eu não queria comer todo o feijão com charque e ao mesmo tempo fazia as famosas “raposinhas” com feijão e farinha para a hora do almoço se tornar divertida (só Deus sabe como eu gostava de comer aquele feijão com a mão). Minha mãepai que me acalentava diante de meus pesadelos noturnos, que fazia banana assada com canela e açúcar nas noites quentes de inverno, que ia à escola e entrava na sala de aula pra brigar com os moleques que me colocavam apelidos em sala de aula.
Depois de grande foi que vim começar a entender a palavra PAI. Mais sinceramente, não sinto falta de um na minha vida, dona SILVANA conseguiu suprir, em parte, essa lacuna. Não os desmereço, não afirmo que não seja necessário, e acredito que o mesmo tem sua importância na vida daqueles que cresceram na presença de um. Ser PAI é uma das provas de o que é ser HOMEM, SER pai e não ESTAR pai! Só defendo que, para mim, foi uma parte que nem somou nem diminuiu porque não podia sentir falta de uma presença que nunca tive. Só tenho uma pessoa a agradecer, meu PAIMÃE que se desdobra em 4 para defender a sua cria e alimentar seus dois filhotes: SILVANA NUNES! Meu “FELIZ DIA DOS PAIS” vai pra ela.


Ela e eu, o início de tudo (ela deve tá puta da vida vendo essa foto agora!)

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