E se foi. Pela primeira vez tive medo da partida, porque com ela vinha a quase certeza da despedida. E aconteceu. Sem nem olhar nos olhos se foi e deixou a angústia de um dia não voltar. E não voltou, não vai voltar. Meu coração angustiado, doido, calejado, apertado, experiente e idiota já sabe, não voltou porque nunca ficou.
Foi aquele cheiro de chuva que anima o sertanejo em tempo de seca. Foi um prato de feijão quente pra quem sente fome de mais de mês. Foi cobertura de morango em um domingo de sol, que quando se está no melhor pedaço do sorvete ele falta. Foi minha cerveja gelada em dia de copa do mundo... Mas meu time perdeu. Fiquei apenas com uma camisa, onde ainda guardo os vestígios dos líquidos que eram expelidos por ele. Meu corpo esfriou, minha boca secou, o que permanece molhado ainda são meus olhos, que não esfria as lágrimas, não acalma meu coração e não me dá paz. A paixão é cruel, é atormentadora, destruidora, ingrata... eu não sei em que parte me perdi que esqueci do conselho do poeta: “a paixão quer sangue corações arruinados...” Tudo ruiu, caiu, acabou...
Ninguém fica, porque nada nasceu pra ficar, aprendi a me despedir entre sangue e dor, mais com a boca seca, olhos entre lagrimas vazias, para poder desabar só. E depois da tempestade vem a bonança, não é isso que dizem?? Assim que seja, pra mais um, ou pra nenhum...
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