13 de setembro de 2012

Ao grande amor da minha vida!!!!


b.g.c

"A gente não percebe o amor
Que se perde aos poucos sem virar carinho
Guardar lá dentro o amor não impede
Que ele empedre mesmo crendo-se infinito
Tornar o amor real é expulsá-lo de você
Para que ele possa ser de alguém"


Quando eu penso que esqueci vem às lembranças daquele sorriso e do carinho perdido entre minhas crises de ciúme. Como será que ele está? Como será que ainda sorri, o que come, como tem se vestido, o corte do cabelo ainda seria o mesmo, o pedal ainda é frequente? O perfume... eu lembro do perfume como se ele ainda tivesse aqui nos meus braços. Só Deus sabe tudo que eu seria capaz de fazer pra poder tê-lo novamente comigo, por um dia, por algumas horas, pra sentir prazer de manhã assim que acordássemos. Depois dele descobri todas as formas traiçoeiras de amores levianos, descobri o sabor de não ter, de não conseguir, de me conformar com a vontade e o sabor da lembrança, quando na verdade o que se quer é o sabor de alguém na boca, aquele alguém a quem eu cheguei a pensar no fim por não poder ter por perto. Só eu sei o quanto eu senti, o quanto eu fui capaz de arriscar, de enlouquecer e sufocar na esperança de ter mais um pouco do que não foi nada de meu além dos gemidos e do me nome dito na cama de solteiro. Eu gostava da chuva que caia e do silêncio que fazíamos com o intuito de ouvir o infinito. Como me arrendo de não ter feito o que não existia pra ter tornado-o naqueles pingos e levado para sempre em todos os lugares. Eu sei que era amor, o mais puro e mais intenso. Lembro-me da primeira noite, que toquei na pele, MEUDEUS como aquilo foi mágico!! Tocava Nando Reis, garoava na madrugada, o ouro no dedo reluzia mostrando o erro no pecado provocado, mas deixei tocar o peito com a ponta da língua, dali senti que seria pra sempre... E é. Não consigo lembrar sem dor e sem vontade de ter de novo, saber dos votos eternos que foram feitos a outra pessoa é atormentador... eu poderia ter sido essa pessoa, estava disposta a tudo e qualquer coisa pra viver aquilo até os últimos dias da minha vida. Ninguém mais foi cúmplice de tudo que eu senti e sofri por aquele amor, E EU SEI QUE FOI AMOR!!! 

O tempo foi cruel com as nossas lembranças e deixou apenas eu como portadora do relicário da nostalgia, acho que tal sentimento só é vivido por mim. Será que ele engordou? Conseguiu alcanças o estágio de felicidade que ele queria? Conseguiu trocar de carro e guardar mais animais perdidos da madrugada? Lembro-me dos filmes, do sono no meio deles, das tardes de chocolate e gozo, do aniversario destinado a nós dois, do macarrão com carne moída, da geladeira com água quente, da mesinha de madeira onde foi feito sexo, do chuveiro frio onde foi feito amor, o primeiro olhar, a mão no bolso e a tentativa de esconder o inevitável, as mensagens, caronas do medo da chuva, os abraços tendo o medo do relâmpago como pretexto, a primeira noite naquele motel com cheiro de tamarindo, os caminhos que deixávamos perder para poder se encontrar um no corpo do outro, a gente viveu em um ano a vida da gente, do jeito que nos foi permitido.

Eu o amaria mil vezes mais, sofreria se fosse preciso, e chorava tudo que tenho chorado agora se assim fosse necessário, só pra poder ter mais uma vez e viver tudo isso de novo, eu fui a pessoa mais feliz do mundo. Fomos amigos, cúmplices, amantes, amados, irmãos, família, sonhadores, mas antes de tudo fomos extremamente felizes! E posso dizer PEQUENO, EU AMO VOCÊ! E assim será pra sempre, mesmo na distância, no silêncio, na incerteza, no nada, o que foi uma vez será pra sempre.

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