14 de outubro de 2012

Pelo vazio que não tem nome

Na verdade o que eu escrevo é uma tentativa de que meu lado são entenda o que se passa em mim nesses momentos totais de falta de lucidez. Sinto que começo a romper a barreira do limite entre a sanidade e a loucura, minha cabeça mais parece uma caixa cheia de pedra e meu corpo esta exausto de carregar essa carcaça de ossos inúteis e frágeis, que não conseguem me manter em pé nas horas de maior perigo. Tudo que eu queria era poder desabar sem medo, virar só mais um em qualquer outro lugar e ser lembrada apenas com saudade, meus erros seriam esquecidos e poderia ate ser capaz que eu me tornasse uma lenda, eu faria historia! O que dói hoje seria pó e ficaria nas pegadas da estrada sem norte que eu caminhar, seria um nada indo pra lugar algum.
Essas fugas de um eu dentro de outro que a mim é desconhecido é exaustivo e atormentador, eu me vejo em um espaço ao qual não consigo me adaptar e parece tudo ser grande de mais para minha insignificância, nessas horas não sei mais caminhar e na verdade não tenho chão, eu caiu em um vazio escuro e úmido, um lugar que se torna mais assustador ainda em saber que é algo perdido dentro de mim mas que eu nunca terei controle porque tenho medo de aventurar-me sozinha e esse desconhecido vem repleto de uma dor enlouquecedora, é uma pressão que assola minha consciência e me leva para longe do que é real ou não, quando vejo rompi os limites do emocional e me deságuo em lágrimas que aparentemente são sem motivo.
Eu procuro no que é concreto ou em alguma experiência já vivida algo que consiga explicar ou conceituar essa sensação, mas foge do controle, é alguma coisa que eu já senti antes, porém parece nunca encontrar resposta ou teoria para sua definição. É um encontro entre meu exterior ao que eu sinto no meu mais profundo íntimo, a tudo que tenho guardado dentro desse desconhecido. Nem o tempo parece ser capaz de ajudar ou remediar, sei que a cura está em mim, mas é simplesmente desesperador e angustiante esse caminho de encontro, despedida, rejeição e aceitação. Dói de sangrar, dói de sufocar e não me deixar ver mais nada além de algo concreto e perdido dentro desse espaço sem fim chamado inconsciente. Isso é um desabafo, só.

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