Saudade de você. Meu corpo precisa do teu de novo, encaixe e
satisfação igual me parece impossível. Eu não esqueço do teu cheiro, nem da tua
voz, não esqueço dos teus olhos miúdos olhando os meus e ficando cada vez mais miúdos
até dizer que sente sono e o corpo ta cansado. Mas o teu cansado me suporta
mais um pouco, e a gente se ama e se toca e sente prazer no extremo do corpo.
Meu interior se acostumou com o teu exterior, não encontra realização em nada
que não venha do teu corpo, do teu cheiro, dos teus movimentos... Sinto falta
da penumbra do quarto, do barulho do vento vindo do ventilador, da luz do
computador tocando músicas que parecem terem sido feitas pra você. Eu,
exatamente, sinto uma saudade imensurável de VOCÊ! Eu repito isso para as
paredes do quarto, os copos ainda sujos de vinho, para o cheiro que ainda tem
no travesseiro, repito isso quando aperta aquela vontade no peito e não tenho
onde gritar e nem ter noticias suas.... Eu não consigo ter magoa, raiva, ou
qualquer sentimento de repulsa quando penso em você, és uma das lembranças mais
doces da minha caminhada, o envolvimento mais sincero que tive. Cada palavra
dita foi real, foi vivida, sentida, provada, foi jogada na cama e emaranhada no
nosso corpo junto ao suor do teu peito, colada e tatuada na gente. Como ter
raiva de tanta simplicidade e verdade??? Não sei de depois, a gente se prometeu amar
por um dia, por um momento, por aqueles instantes, pelo antes do nascer do
sol... Mas a vontade queima em mim, do mesmo jeito, como quando eu ficava só no
olhar e te desejava apenas por 30 minutos, o desejo é o mesmo como no primeiro
beijo dentro do carro em que te deixei encharcado de meu desejo e sujo do
marrom do meu batom, o desejo ainda é o mesmo da fome de teu corpo e das percas
da minha boca nas tuas costas lindas! Tenho-te mais em mim do que qualquer
outro te tem por perto, porque te guardo para um sempre nas lembranças e no meu
desejo. E que seja até quando você me quiser ser de novo... O número ainda é
existente, e o arder ainda é persistente. Venha...
25 de julho de 2012
24 de julho de 2012
"Você não sabe o quanto eu caminhei, pra chegar até aqui..."
Ensaiei
tanta coisa pra falar agora... Mas pra mim a maior vitória vai ser chegar ao
término dessas linhas sem chorar. O que tenho a dizer são as palavras mais
sinceras e verdadeiras que tinham em mim, não é um discurso, é só uma forma de
externar sentimento, espero conseguir...
Minhas
jóias, minhas flores e meu cravo branco, eu passei esses 4 anos e meio da minha
vida tentando entender o que fiz de tão maravilhoso pra que o todo poderoso
tivesse me presenteada com a amizade de vocês, com o tempo foi que entendi que
sem todo esse presente de gente ao meu redor eu sinceramente não teria chegado
ao fim, falhando sempre no meio do caminho, mas tentando, tentando, tentando...
até que CÁ ESTAMOS! E quem diria em Marcelo Medeiros? Aquela turma temida por
alguns professores, muito bem comentada e “falada” por outros parece que chegou!
Unida, celebrando a vitória e o início de uma nova etapa, e porque não dizer de
uma nova vida.
Lembro-me
de uma vez que, sentada naquele batente que tanto foi cúmplice das minhas lágrimas,
e como sempre fazendo aquilo que eu sabia fazer de melhor, chorando, tinha
faltado energia na universidade e tava aquele alvoroço, alguém sentou do meu
lado e ouviu meu choro baixo e disse no pé do meu ouvido: NINGUÉM DISSE QUE SERIA
FÁCIL! Depois de um tempo foi que soube que a pessoa era Roberto Rondon, que
como sempre exteriorizava sua gentileza e delicadeza através de palavras tão
doces e amáveis... Mas de fato, não foi nada fácil!!!! Tivemos que engolir
muitos professores “bacanas” e muitos NÃOS! Pra poder tentar levar, levar,
levar, como a onda do mar... e por fim me ver aqui chorando de novo, só que
dessa vez de alegria e não por conta de qualquer “topogigio” (só os fortes saberão
de quem falo! Rrsrrsrssr).
Novamente
agradeço a vocês por terem acreditado, me aguentando, me desculpado e me
suportado, nada foi fácil, mas ficou até gostosinho na companhia de tanta gente
paciente. Agradeço a paciência dos professores também, aos presentes e
ausentes, que podem não está aqui mais sei que vibram por nós também. Sem vocês
nada e exatamente nada iria acontecer, paciência é virtude de pouco, e isso
vocês tiveram em dose dupla por nós.
Agradecer
a direção do campus, por nos ajudar em nossas necessidades e ter nos
representado e defendido de forma tão competente, aos funcionários da
biblioteca, da limpeza, da SALVADORA lanchonete de Givanildo pelo café que
despertava Cinthia pra vida!!!!!
Enfim... A cada espaço daquele campus, a cada pessoa que cruzou nosso
caminho, que nos ajudou, que nos defendeu, que nos ensinou. A vida é feita
disso, sozinho não fazemos histórias nem somos nada.
E
agradecer a três pessoas em especiais de toda a turma. Ianne por suas palavras
de fé e conforto, vc me mostrou o quanto a fé pode ser linda, quando
verdadeira. A Jaina por presentes dados no meio do caminho que fizeram toda
diferença nas mudanças e tropeços da minha caminhada, e, por fim, porém não
menos importante, a Ana Flávia que compartilhou de todos os momentos comigo,
momentos mais ruins do que bons, mas acreditou, confiou e me ajudou, eu sei o
quanto foi difícil Ana, acredito que só eu e sua família sabemos o quanto você
é merecedora disso tudo, essa vitória é sua e seu momento começou agora, ainda
iremos lembrar disso tudo com muito mais orgulho.
E
por fim tenho que agradecer a uma pessoa, que não está aqui mais sabe de tudo
que vou falar, a ele que foi meu cúmplice, por vezes meu amigo, meu amante, meu
ombro e minha perdição. Uma vez Marcelo me disse que a dor é inspiradora e
poética, eu tenho certeza disso a cada linha do TCC, a dor de amar foi por ele,
motivada e inspirada nele, mas teria o amado mais mil vezes se assim fosse
necessário, quando lembro de como fui feliz!
Um
beijo com amor, com muito muito amor de quem ama vocês de mais!
17 de julho de 2012
17/07/2012
Entende-se esses dias que se é triste por completo, desses
dias que toda hora é cinza, que não se tem esperança, que nem as perspectivas
alegram seu coração. A solidão é traiçoeira, é faca afiada, é punhal de gente
falsa, é terra que não se entende mas que se anda. O coração dói, as lembranças
me arrebentam, as escolhas se perdem, o arrependimento invade, o amor se
esvai... é tanta magoa e falta de sonho.
Eu queria poder beber tudo, engolir tudo, assim como se fosse só uma
coisa, pra poder não mais arrepender e fazer novamente. Eu preciso de uma noite
inteira de cuidado e carinho, atenção, paixão, fogo e beijo... Preciso esquecer
das pegadas, das perdas, dos arrebatamentos, das magoas, do tempo perdido. Eu sou
cada vez mais perdida e inútil.
Gui, eu precisava de suas mãos.
15 de julho de 2012
"Odara!"
Eu te possui com os
olhos, te engoli as palavras, cheirei tua pele de longe, toquei no pelo dos
teus peitos e até deixei o corpo queimar de desejo. Desejo de pele, de saliva,
de sabor, desejo de prazer, de realização, de conhecimento, de música, de
poesia, de luz... e quanto luz que vem de você!
Tem coisas que transcendem o
que é possível viver aqui, a gente se entrega no movimento do lábio e na
velocidade da respiração. Meu corpo entregou; os movimentos bruscos, as palavras
aceleradas, as pernas que apontavam uma direção. São coisas que se sente e não explica,
não sei exatamente em que ordem, mas os poemas falaram por si, as respostas
pareciam automáticas, os olhares pareciam responder ao sujeito oculto da
oração. Alguma coisa parecia conspirar praquilo tudo. Mas eu queria era rasgar
o fecheclair, beijar a boca, provar da língua,
exagerar na mordida, possuir os pelos, puxar os cabelos, gemer de dor, prazer,
excesso, lamber o suor do braço. Mas eu só olhava os dedos, media a mão,
chegava a sentir a ponta de tudo roçando entre meus joelhos, acredito (e
acreditei) ter sido tal veleidade de mão única, uma ilusão provocada pelo êxtase
provocado pela injeção das substâncias ilícitas, o álcool nos leva a loucura e
a fantasia. Se foi fantasia eu sei que ela permitiu sentir, provar, sonhar e
continuar a desejar. Até agora, até quando tiver que ser e deixar possuir, até
a última gota, até o último pó... que dará!
11 de julho de 2012
para essas noites de frio
Não adianta procurar nada fora, solução, companhia
verdadeira e os melhores conselhos saíram de você apenas, de ninguém mais. É necessário
se conhecer, se ter, se entender, ter toda paciência, compreender cada movimento,
e, antes de tudo, se amar, pra poder responsabilizar ou entregar qualquer
sentimento a quem não entenderia nunca a todas as necessidades que você tem. Não
limito mais meus sentimentos a qualquer noite transviada ou solidão acompanhada,
eu preciso encontrar o caminho certo praquilo que acredito ser minha
felicidade, mesmo que para tanto eu tenho que chorar como agora. Preciso ter paciência
e discernimento pra entender as entrelinhas das consequências dos meus passos
transviados. Ninguém disse que seria fácil, ou que eu estaria acompanhada a todo
o momento, é preciso saber trabalhar os momentos solitários e dele tirar a compreensão
necessária para as ações seguintes. Crescer dói, mas crescer sem amadurecer ou
entender essa fase dói mais ainda. Então eu preciso passar por isso, assim, com
tudo que se pode ter, sentir, doer... eu só preciso de força e fé...
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